Os seminários de pesquisa do curso voltaram, e já no primeiro dia fomos presenteados com uma ótima pesquisa sobre treinamento.
Além dos acadêmicos da turma de PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA, estiveram presentes os acadêmicos Diego, Paula e Márcio. Parabéns a todos presentes.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
sexta-feira, 19 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
Ultramaratona - Pesquisa acadêmica como ferramenta de aprendizagem
Estimulados pela propostas das aulas Semipresenciais, os acadêmicos da turma de Atletismo da ULBRA Gravataí estiveram nos meses de março e abril, participando de diversos eventos ligados às corridas e modalidades atléticas. Trago um relato do colega Souza Júnior, realizado na ULTRAMARATONA de porto Alegre, que demonstra como uma atividade de pesquisa pode contribuir para um aprendizado mais amplo dos conteúdos de cada disciplina.
Prof. Luciano do Amaral Dornelles - Docente da disciplina de ESPORTE: Atletismo
No mês de março,
ocorreu uma ultramaratona na cidade de Porto Alegre, na Usina do
Gasômetro. Ultramaratonas são corridas que ultrapassam a distância de
42.195 metros. O nome do evento era "Desafio 24 horas das capitas".
O
ultramaratonista Carlos Dias, e mais seus patrocinadores, criaram esse
evento para doação dos valores arrecadados para hospitais, em especial os que atendem crianças. Essa corrida é
feita em todas capitais do Brasil, todos os estados. Cada estado ele
percorre 24 horas.
O evento é divulgado por seu site (www.carlosdiasultra.com.br) e qualquer pessoa pode participar do evento, se inscrevendo e correndo a distância que puder.
O
ultramaratonista corre 24 horas seguidas, a cada 6 horas ele faz uma
parada de mais ou menos 10 minutos para a hidratação e alimentação. Sua
comida é básicamente a base de macarrão, purê, pães, salames, carnes... ou seja,
bastante carboídrato. Ele também bebe muita água, muita água mesmo.
Na etapa em Porto
Alegre, ao longo das 24 horas, compareceram em média 60 atletas.
Lembrando que não era uma corrida de competição, afinal, o foco era realmente
voltado para ajudar as crianças internadas em hospitais.
O atleta Carlos
Dias, sempre muito carismático, ao ser perguntado sobre a finalidade da
corrida, emocionou-se. Contou que usa o esporte para de algum modo
ajudar a salvar vida de crianças inocentes, que são pegas por uma
doença malígna.
Também comentou como faz para manter-se forte
durante a corrida, junto à alimentação e ao preparo fisíco, vem a parte
psicológica que o atleta sempre à procura manter forte, perguntado como
fazia isso, citou novamente às crianças.
Fazendo uma avaliação, foi realmente um baita evento, com
uma ótima finalidade. Atletas usando o esporte para ajudar vidas, é realmente um objetivo bastante nobre de se alcançar, e com
isso, fica o estimulo para crianças, seguindo seu exemplo, de também correrem e praticar esporte com objetivos mais altruístas que somente vencer um ao outro.
O acadêmico Bráulio Silva de Souza Júnior (no centro) junto do atleta.domingo, 14 de abril de 2013
Ciclo 'Sonhos: cinema e psicanálise' do Instituto de Psicologia
Ciclo, que envolve exibições cinematográficas e debates, será apresentado na Fabico durante o ano de 2013.
Entre os meses de abril e novembro de 2013 ocorre o ciclo Sonhos: cinema e psicanálise,
atividade de extensão organizada pelo Núcleo de Pesquisa em Psicanálise
e Cinema (NUPPCINE) do Instituto de Psicologia da UFRGS. As exibições
de filmes serão seguidas de debates e acontecem mensalmente em
quartas-feiras pré-definidas, às 18:30 no Auditório 1 da Faculdade de
Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS (Rua Ramiro Barcelos, 2705, Porto
Alegre). Inscrições pelo e-mail: sonhosemfilmes@gmail.com.
O ciclo trabalha com a figura do "sonhar" dentro das obras cinematográficas. Ele se fundamenta em diversos estudos que operam na comparação entre o sonho e o cinema, suas diferenças e semelhanças. Os filmes apresentados contém em sua narrativa sonhos, assim possiblitando a análise dos diversos recursos utilizados pelos cineastas para transpor a vida onírica para a tela.
Confira abaixo o cronograma.
O ciclo trabalha com a figura do "sonhar" dentro das obras cinematográficas. Ele se fundamenta em diversos estudos que operam na comparação entre o sonho e o cinema, suas diferenças e semelhanças. Os filmes apresentados contém em sua narrativa sonhos, assim possiblitando a análise dos diversos recursos utilizados pelos cineastas para transpor a vida onírica para a tela.
Confira abaixo o cronograma.
- 17/4: Segredos de uma alma (1926), de Georg Pabst. Debatedores: Ana Gageiro (Psicologia/UFRGS) e Cesar A. B. Guazzelli (PPG em História/UFRGS).
- 8/5: Spellbound – quando fala o coração (1945), de Alfred Hitchcock. Debatedores: Amadeu Weinmann (Psicologia/UFRGS) e Eduardo Vieira da Cunha (PPG em Artes Visuais/UFRGS).
- 5/6: Morangos silvestres (1957), de Ingmar Bergman. Debatedores: Simone Moschen (PPGPSI/UFRGS) e Tania Galli (PPGPSI/UFRGS).
- 3/7: O espelho (1975), de Andrei Tarkovski. Debatedores: Liliane Froemming (Psicologia/UFRGS) e Fatimarlei Lunardelli (FABICO/UFRGS).
- 14/8: Cría cuervos (1976), de Carlos Saura. Debatedores: Rose Gurski (Psicologia/UFRGS) e Cristiane Freitas Gutfreind (PPG em Comunicação Social/PUCRS).
- 11/9: A outra (1988), de Woody Allen. Debatedores: Robson Pereira (APPOA) e Márcia Ivana Lima e Silva (PPG em Letras/UFRGS).
- 9/10: Sonhos (1990), de Akira Kurosawa. Debatedores: Tania Rivera (PPGCA/UFF) e Elida Tessler (PPG em Artes Visuais/UFRGS).
- 13/11: Eros (2004), de Antonioni, Soderbergh e Wong Kar-Wai. Debatedores: Edson Sousa (PPGPSI/UFRGS) e Luiza Surreaux (PPG em Letras/UFRGS).
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Professores devem ficar atentos ao movimento corporal na educação escolar
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Quantas
horas diárias passamos sentados, lidando com teclados de computador ou
assistindo à televisão? Grande parte da população adulta mundial
submete-se a atividades que prescindem de qualquer movimento corporal, a
não ser o dos olhos ou das mãos. Ouvimos, com bastante frequência, nos
meios de comunicação e nas consultas médicas, que precisamos realizar,
com regularidade, alguma atividade física para preservar ou recuperar o
equilíbrio saudável de nosso organismo. As academias de ginástica
proliferam nas cidades como meio de se atingir os ideais estético e
biológico do corpo.
No entanto, por que a educação escolar não exerce esse conhecimento em sua rotina? Para a supervisora pedagógica de Programas do Instituto Qualidade no Ensino (IQE), Maria Helena Braga, apesar de a separação mente/corpo e do trabalho corporal como secundário na seleção dos conteúdos da escola serem concepções refutadas por especialistas da saúde e da educação, ainda assim, a escola preserva atividades e mantém situações que conferem indiferença à importância do movimento corporal.
“Crianças e adolescentes saudáveis, cheios de energia, são levados à inércia das salas de aula, colocados, em grande parte das escolas, uns atrás dos outros e assim permanecem por três, quatro horas, diariamente”, pontua. Ela acrescenta ainda que professores de Educação Física, com raras exceções, são pouco ouvidos pela equipe escolar, o que denota a baixa qualificação dada pela comunidade às atividades específicas dessa área. Na prática, se há necessidade de tempo extra para algum evento, as aulas de Educação Física são sempre cedidas.
Em alguns sistemas educacionais, as aulas de Educação Física são feitas no contraturno, causando imensas dificuldades para que os alunos se dirijam às escolas em horários diferentes daqueles em que as outras aulas acontecem. “Até mesmo alguns professores da disciplina que privilegia o corpo contribuem para a visão negativa que se tem sobre ela, ao liberar cotidianamente seus alunos para jogos com bola, sem qualquer orientação ou aprofundamento dos conhecimentos”, destacou Maria Helena do IQE.
A supervisora defende a importância de todos, sem exceção, atingirem níveis cada vez mais aprofundados de conhecimento da relação corpo-espaço, como condição necessária ao desenvolvimento pleno de cada sujeito, inclusive do intelecto. “Não se podem conceber aulas que privilegiam apenas os que apresentam maiores aptidões para o esporte, como também há que se pensar que os professores da área conhecem seus alunos sob um ponto de vista que os das demais disciplinas talvez nem o vislumbrem”, ressaltou.
Maria Helena comenta ainda que muitos educadores e especialistas sonham com uma escola em que os alunos possam interagir, movimentar-se com o corpo e com o intelecto, possam ser inventivos e investigativos para descobrir formas de se relacionar com o conhecimento e com as pessoas. “Enquanto estudamos e lutamos para construir esse tipo de escola, a Educação Física, que abranja não só o esporte, mas também a dança, a ginástica, jogos e outras atividades atléticas, dentro do currículo atual, talvez seja nossa única aliada”, enfatizou.
Fonte: Ascom
No entanto, por que a educação escolar não exerce esse conhecimento em sua rotina? Para a supervisora pedagógica de Programas do Instituto Qualidade no Ensino (IQE), Maria Helena Braga, apesar de a separação mente/corpo e do trabalho corporal como secundário na seleção dos conteúdos da escola serem concepções refutadas por especialistas da saúde e da educação, ainda assim, a escola preserva atividades e mantém situações que conferem indiferença à importância do movimento corporal.
“Crianças e adolescentes saudáveis, cheios de energia, são levados à inércia das salas de aula, colocados, em grande parte das escolas, uns atrás dos outros e assim permanecem por três, quatro horas, diariamente”, pontua. Ela acrescenta ainda que professores de Educação Física, com raras exceções, são pouco ouvidos pela equipe escolar, o que denota a baixa qualificação dada pela comunidade às atividades específicas dessa área. Na prática, se há necessidade de tempo extra para algum evento, as aulas de Educação Física são sempre cedidas.
Em alguns sistemas educacionais, as aulas de Educação Física são feitas no contraturno, causando imensas dificuldades para que os alunos se dirijam às escolas em horários diferentes daqueles em que as outras aulas acontecem. “Até mesmo alguns professores da disciplina que privilegia o corpo contribuem para a visão negativa que se tem sobre ela, ao liberar cotidianamente seus alunos para jogos com bola, sem qualquer orientação ou aprofundamento dos conhecimentos”, destacou Maria Helena do IQE.
A supervisora defende a importância de todos, sem exceção, atingirem níveis cada vez mais aprofundados de conhecimento da relação corpo-espaço, como condição necessária ao desenvolvimento pleno de cada sujeito, inclusive do intelecto. “Não se podem conceber aulas que privilegiam apenas os que apresentam maiores aptidões para o esporte, como também há que se pensar que os professores da área conhecem seus alunos sob um ponto de vista que os das demais disciplinas talvez nem o vislumbrem”, ressaltou.
Maria Helena comenta ainda que muitos educadores e especialistas sonham com uma escola em que os alunos possam interagir, movimentar-se com o corpo e com o intelecto, possam ser inventivos e investigativos para descobrir formas de se relacionar com o conhecimento e com as pessoas. “Enquanto estudamos e lutamos para construir esse tipo de escola, a Educação Física, que abranja não só o esporte, mas também a dança, a ginástica, jogos e outras atividades atléticas, dentro do currículo atual, talvez seja nossa única aliada”, enfatizou.
Fonte: Ascom
terça-feira, 9 de abril de 2013
Congresso Internacional de Jogos Desportivos
Na década de realização de importantes eventos mundiais do desporto no Brasil, o 4CIJD pretende consolidar o ideal de um projeto coletivo que assegure a representatividade dos Jogos Desportivos (JD) no contexto científico e acadêmico. A participação de credenciados conferencistas compreenderá um marco importante na reflexão e renovação dos JD permitindo o intercâmbio e o enriquecimento científico entre os participantes.
O “Congresso Internacional de Jogos Desportivos” (CIJD) é um evento bianual, o qual envolve a participação de pesquisadores vinculados aos centros de referência internacional na área do desporto. A sua quarta edição terá como tema central o Presente e o Futuro nos Jogos Desportivos: formação e investigação, abordando o Desporto nas várias dimensões que o constituem, nomeadamente a iniciação, o treino, a análise do jogo, a aprendizagem, o rendimento, a pedagogia, o ensino, entre outros.
Temas do congresso
TEMA CENTRAL:
“PRESENTE E FUTURO NOS JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS: FORMAÇAO E INVESTIGAÇÃO”
O tema central do evento será abordado a partir de
Conferências, Colóquios com especialistas, Mesa redonda, Comunicações
orais e Apresentação de pôsteres, de acordo com as seguintes orientações temáticas:
- Ensino e aprendizagem dos jogos desportivos
- Análise da performance nos jogos desportivos
- Formação de treinadores dos jogos desportivos
- Cognição / ação nos jogos desportivos
Contatos
Laboratório de Pedagogia do Esporte
Centro de Desportos – Universidade Federal de Santa Catarina / LAPE-CDS-UFSC.
Fone: 0055 48 37218526
Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física
Universidade do Estado de Santa Catarina / LAPEF-CEFID-UDESC
Fone: 0055 48 33218624
Coordenação Geral: 4cijd2013@gmail.com
Centro de Desportos – Universidade Federal de Santa Catarina / LAPE-CDS-UFSC.
Fone: 0055 48 37218526
Laboratório de Pedagogia do Esporte e da Educação Física
Universidade do Estado de Santa Catarina / LAPEF-CEFID-UDESC
Fone: 0055 48 33218624
Coordenação Geral: 4cijd2013@gmail.com
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Parcerias entre pesquisadores e empresas geram conhecimento
Com informações da Agência Fapesp - 30/03/2013
Simbiose
Uma relação simbiótica envolve parcerias entre empresas e instituições de pesquisa no Brasil, com impactos positivos sobre toda a economia.
Universidades e institutos de pesquisa são importantes para as atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das empresas, assim como os desafios tecnológicos da produção realimentam o conhecimento científico.
Estas são conclusões dos estudos realizados pela equipe do professor Wilson Suzigan, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
"São fluxos de conhecimento bidirecionais ainda localizados, que merecem atenção especial das políticas públicas, de modo a promover o avanço articulado das instituições de pesquisa e do setor produtivo e estabelecer conexões consistentes entre ciência e tecnologia", disse Suzigan.
Identificar como se dá o relacionamento entre empresas e instituições de pesquisa no Brasil e investigar se há intercâmbios importantes com áreas de conhecimento e setores diversos estão entre os principais motivadores do projeto, que contemplou três eixos básicos: teórico-conceitual, histórico e de recortes temáticos.
Com o envolvimento de pesquisadores e estudantes de várias instituições do país, o projeto buscou realizar um mapeamento abrangente das parcerias, combinando informações fornecidas por cientistas e empresas, além de estudos de caso em diversas partes do Brasil.
O trabalho também integrou um conjunto de estudos internacionais, apoiado pelo International Development Research Centre (IDRC), do Canadá, e que inclui 12 países da África, América Latina e Ásia.
Inovações no Brasil
Os estudos revelaram que o contexto histórico de desenvolvimento econômico e social do Brasil condiciona o padrão de interações entre empresas e instituições de pesquisa.
"Nosso Sistema Nacional de Inovação pode ser situado em um nível intermediário, com instituições de pesquisa e ensino construídas, mas ainda incapazes de mobilizar um contingente de cientistas comparável ao de países desenvolvidos", disse Suzigan.
Institutos de pesquisa e universidades foram criados tardiamente, com limitações e em condições adversas de distribuição de renda e de generalização do ensino.
Tardia também foi a industrialização brasileira, com um longo período de protecionismo comercial que desviava o foco da construção e do desenvolvimento de capacitações científicas e tecnológicas, ou de canais de interação entre organizações científicas e empresas com vistas a reduzir a distância em relação à fronteira tecnológica.
"Apesar dessa herança histórica, existem pontos de interação forte entre empresas e instituições de pesquisa, unindo as dimensões científica e tecnológica", apontou Suzigan.
Os estudos de caso mostraram que as áreas científicas atualmente de maior impacto no Brasil têm raízes históricas sólidas, com esforços sistemáticos e duradouros. São elas medicina/saúde, agricultura e as engenharias de minas, materiais, metalúrgica e aeronáutica.
"Os estudos de casos bem-sucedidos de interação entre universidades/institutos de pesquisa e empresas indicam a presença de processos de aprendizado e capacitação científica e tecnológica envolvendo universidades, institutos de pesquisa, governos e produtores", disse Suzigan.
Além disso, as regiões têm padrões muito diferenciados de interação, refletindo atrasos relativos na criação de instituições e no desenvolvimento local. No que se refere aos recursos para ciência e tecnologia, o Estado de São Paulo exerce inequívoca liderança no país, de acordo com a pesquisa.
"Verificou-se ali a existência de grupos de empresas com interação em todas as principais áreas de conhecimento, além de casos exemplares, como o do Laboratório Interdisciplinar de Eletroquímica e Cerâmica (Liec)", disse Suzigan.
No Nordeste, as interações revelaram-se menos intensas, em parte pelo caráter tardio da base de ciência e tecnologia e da industrialização da economia da região.
Comparando-se o perfil brasileiro de interações entre grupos de pesquisa e empresas com os da Argentina e do México, notam-se relações mais frequentes e densas no Brasil. Para Suzigan, isso é reflexo de uma estrutura industrial mais diversificada. "Por outro lado, a comparação com os Estados Unidos coloca o Brasil em posição desfavorável", disse.
Conhecimentos mais valorizados
Suzigan salienta que o projeto permitiu identificar as áreas de conhecimento mais valorizadas pelas empresas: as engenharias (principalmente de materiais, metalúrgica e de minas); ciência da computação; agronomia; e química básica.
Pelo menos uma dessas áreas foi reconhecida como de importância alta ou moderada pela maioria das empresas constituintes da amostra de 20 dos 23 setores estudados (quatro setores foram desconsiderados por terem menos de quatro empresas respondentes), como mostra o gráfico abaixo.
Proporção
de empresas da amostra, por setor, que consideram as áreas de
conhecimento de importância alta ou moderada para suas inovações.
[Imagem: DPCT/Unicamp]
De acordo com os pesquisadores do projeto, um resultado surpreendente foi a descoberta de que, no Brasil, as interações de indústrias de tecnologia média-baixa com instituições de pesquisa são relativamente fortes, se comparadas com as que envolvem indústrias de alta - e média-alta - tecnologia.
Para o professor Eduardo da Motta e Albuquerque, do Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador dos estudos regionais do Projeto Temático para o Estado de Minas Gerais, essa configuração é resultante de um sistema industrial baseado em inovações de processos.
"Não geramos tanto inovações de produto. Assim, as demandas das empresas focam em inovações incrementais e na adaptação de tecnologias. Se as políticas públicas pretendem mudar esse panorama, será necessário promover atividades produtivas e científicas na área de alta tecnologia, modificando assim a estrutura industrial", disse.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
A bactéria que existe em você
Se você consegue respirar oxigênio, agradeça a uma velha bactéria que, um belo dia, resolveu virar parte das suas células e ajudou a criar a vida complexa
por Giovana Girardi
As bactérias são uma das mais primitivas formas de vida. Esses organismos unicelulares, que surgiram há cerca de 3,8 bilhões de anos, são procariontes, ou seja, não têm núcleo celular definido. Apareceram quando o planeta ainda era quase uma criança (ele tem 4,5 bilhões de anos) e permaneceram os únicos seres vivos por 2 bilhões de anos.
Apesar de tanta simplicidade, porém, elas contribuíram para que um grupo mais sofisticado de seres vivos, os eucariontes, desse um salto de complexidade e modificasse a história da vida na Terra, gerando, com o passar do tempo, os fungos, as plantas, os animais e, por fim, nós.
O tal salto de complexidade ocorreu, segundo a teoria proposta pela bióloga americana Lynn Margulis, porque a bactéria “engolida” virou uma mitocôndria, a organela responsável pela produção de energia nas células, com a ajuda do oxigênio. É ela que possibilita que os eucariontes respirem. Sem as mitocôndrias, a Terra ainda seria um planeta de micróbios. Outra fusão produziu os cloroplastos, que permitem que as plantas capturem a energia do Sol. O organismo invasor nesse caso foi uma cianobactéria – micróbios azuis-esverdeados que aprenderam a incorporar o hidrogênio presente nas moléculas de água e liberar o oxigênio para a atmosfera, inventando assim a chamada fotossíntese.
A teoria de Margulis, proposta em 1981, não foi muito bem aceita no começo, porque se imaginava que os eucariontes teriam surgido ao longo da evolução por mutações genéticas. A bióloga, aliás, está acostumada a controvérsias – ela é uma das autoras da Teoria de Gaia (leia na pág. 26).
No entanto, ela foi a primeira a conseguir explicar algumas características bizarras da mitocôndria e dos cloroplastos e hoje é largamente aceita pela comunidade científica. Ocorre que essas organelas são, de certo modo, independentes do resto da célula, com capacidade própria de se replicar e um DNA diferente do que encontramos no núcleo da célula eucarionte.
Sim, na prática temos DNA de bactéria inserido no nosso. Sem esses invasores primordiais, nem sequer existiríamos.
"A vida não tomou conta do planeta competindo, mas formando alianças."
Lynn Margulis
por Giovana Girardi
As bactérias são uma das mais primitivas formas de vida. Esses organismos unicelulares, que surgiram há cerca de 3,8 bilhões de anos, são procariontes, ou seja, não têm núcleo celular definido. Apareceram quando o planeta ainda era quase uma criança (ele tem 4,5 bilhões de anos) e permaneceram os únicos seres vivos por 2 bilhões de anos.
Apesar de tanta simplicidade, porém, elas contribuíram para que um grupo mais sofisticado de seres vivos, os eucariontes, desse um salto de complexidade e modificasse a história da vida na Terra, gerando, com o passar do tempo, os fungos, as plantas, os animais e, por fim, nós.
Fusão repentina
Ao que parece, essa mudança aconteceu meio de repente. Estavam duas
bactérias cuidando de sua vidinha quando, por descuido ou não, uma
invadiu a outra – ou foi capturada, vai saber –, dando origem a uma
célula completamente diferente do que existia até então, com núcleo
definido e outros corpúsculos. Na verdade, esse processo, chamado de
endossimbiose (ou simbiogênese) deve ter ocorrido ao mesmo tempo com
outras bactérias também.O tal salto de complexidade ocorreu, segundo a teoria proposta pela bióloga americana Lynn Margulis, porque a bactéria “engolida” virou uma mitocôndria, a organela responsável pela produção de energia nas células, com a ajuda do oxigênio. É ela que possibilita que os eucariontes respirem. Sem as mitocôndrias, a Terra ainda seria um planeta de micróbios. Outra fusão produziu os cloroplastos, que permitem que as plantas capturem a energia do Sol. O organismo invasor nesse caso foi uma cianobactéria – micróbios azuis-esverdeados que aprenderam a incorporar o hidrogênio presente nas moléculas de água e liberar o oxigênio para a atmosfera, inventando assim a chamada fotossíntese.
A teoria de Margulis, proposta em 1981, não foi muito bem aceita no começo, porque se imaginava que os eucariontes teriam surgido ao longo da evolução por mutações genéticas. A bióloga, aliás, está acostumada a controvérsias – ela é uma das autoras da Teoria de Gaia (leia na pág. 26).
No entanto, ela foi a primeira a conseguir explicar algumas características bizarras da mitocôndria e dos cloroplastos e hoje é largamente aceita pela comunidade científica. Ocorre que essas organelas são, de certo modo, independentes do resto da célula, com capacidade própria de se replicar e um DNA diferente do que encontramos no núcleo da célula eucarionte.
Sim, na prática temos DNA de bactéria inserido no nosso. Sem esses invasores primordiais, nem sequer existiríamos.
"A vida não tomou conta do planeta competindo, mas formando alianças."
Lynn Margulis
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